Recentemente, uma pesquisa realizada pela plataforma Empregos.com, divulgada em reportagem da revista Forbes, revelou que três em cada quatro dos profissionais brasileiros pretendem mudar de emprego em 2023. Tal número é impressionante e está relacionado com o fenômeno conhecido como Great Resignation.
É importante que gestores se atentem a esse movimento e acendam um sinal de alerta em suas organizações, assim como ocorre por conta do quiet quitting.
Visando ajudar nesse momento, elaboramos este artigo. A seguir, exploraremos o que é o Great Resignation, seus principais motivos e formas como a liderança pode evitar esse movimento!
O que é Great Resignation?
Great Resignation ou “Grande Demissão”, em português, é um termo que tem sido utilizado para descrever um movimento que está ocorrendo em várias partes do mundo, no qual muitos profissionais decidem deixar seus empregos simultaneamente.
Esse fenômeno tem sido observado em diversos setores, incluindo:
- saúde;
- varejo;
- finanças;
- educação;
- tecnologia.
O que ocorre é que muitos trabalhadores têm deixado seus empregos para buscar novas oportunidades em empresas que oferecem melhores salários, benefícios e condições de trabalho.
A Great Resignation é um alerta para as empresas de que é preciso repensar suas estratégias para manter seus talentos, especialmente em um momento em que a concorrência por mão de obra qualificada é acirrada.
Como o fenômeno surgiu?
O fenômeno da Great Resignation é resultado de vários fatores que se acumularam ao longo do tempo, mas foram intensificados durante a pandemia da Covid-19. A crise sanitária levou a mudanças significativas em como as pessoas trabalham, com muitos profissionais tendo que se adaptar ao trabalho remoto e outras mudanças na rotina.
Isso fez com que trabalhadores repensem suas prioridades, buscando:
- maior flexibilidade;
- melhores condições de trabalho;
- equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Além disso, a pandemia revisitou questões relacionadas a desigualdades e injustiças sociais, o que levou muitas pessoas a questionarem seus valores e objetivos de vida.
O mesmo pode ser dito nas questões que envolvem saúde física e mental. A pandemia fez com que as pessoas valorizassem mais o autocuidado e qualidade de vida, buscando meios para preservar o bem-estar. Isso se traduziu em maior disposição para buscar novas oportunidades e experimentar novas carreiras ou projetos.
Principais motivos da Great Resignation
São vários os motivos que deram origem ao fenômeno da Great Resignation. Para começar, podemos citar as questões voltadas à qualidade de vida, despertadas nas pessoas durante a pandemia.
Também não podemos deixar de citar a falta de oportunidade de crescimento nas empresas. Grande parte das pessoas acredita não ter muitas chances de se desenvolver e galgar novas posições na empresa.
Há ainda a questão da insatisfação com a cultura organizacional. Muitos profissionais estão procurando empresas com culturas mais saudáveis, que valorizem:
- diversidade e inclusão;
- bem-estar de colaboradores;
- entre outros aspectos.
Como a liderança pode evitar esse movimento?
Para evitar que o movimento da Great Resignation se torne um problema para as empresas, as lideranças devem tomar algumas atitudes importantes. A seguir, veja alguns exemplos!
Proporcione flexibilidade no modelo de trabalho
A flexibilidade é uma das principais demandas dos profissionais na Great Resignation. Proporcionar modelos de trabalho remoto ou híbrido e horários flexíveis, portanto, ajuda a reter talentos na empresa.
A liderança pode avaliar a possibilidade de oferecer essas opções, desde que o trabalho continue sendo realizado com eficiência.
Ofereça salários competitivos
Oferecer salários competitivos é uma forma de reconhecer e valorizar o trabalho de colaboradores.
Nesse sentido, a liderança pode realizar pesquisas salariais para garantir que está oferecendo um salário justo e compatível com o mercado.
Trabalhe com benefícios personalizados
A empresa pode oferecer benefícios personalizados que atendam as necessidades individuais de colaboradores. Isso pode incluir:
- vale-refeição;
- seguro de vida;
- previdência privada;
- planos de saúde e odontológico;
- entre outros benefícios.
Dê atenção ao bem-estar
A liderança deve demonstrar preocupação com o bem-estar de colaboradores por meio de programas como:
- massagens;
- aulas de ginástica ou yoga;
- treinamentos para lidar com estresse e ansiedade.
Além disso, é essencial fornecer um ambiente de trabalho saudável e seguro, no qual a saúde física e mental das pessoas sejam preservadas.
Veja colaboradores como clientes
É importante mudar a perspectiva sobre as pessoas colaboradoras, vendo-as como clientes da empresa.
Isso pode ajudar a priorizar sua satisfação e necessidades, da mesma forma que se atende clientes.
Assim, deve-se escutar as demandas e críticas de colaboradores e buscar soluções para melhorar seu ambiente de trabalho.
Desenvolva programas de permanência de talentos
Programas de permanência de talentos podem ajudar a reter os profissionais mais valiosos para a empresa. Isso pode incluir:
- mentoria;
- coaching;
- treinamentos;
- programas de desenvolvimento.
Ofereça oportunidades de desenvolvimento
Colaboradores querem crescer e se desenvolver em suas carreiras. Logo, oferecer oportunidades de desenvolvimento pode ajudar a reter talentos na empresa, como:
- cursos;
- treinamentos;
- projetos desafiadores.
A liderança pode conversar com colaboradores sobre suas metas e objetivos de carreira e buscar formas de ajudar com que estas sejam alcançadas dentro da empresa.
As ações que apresentamos aqui são exemplos do que você pode adotar para evitar a Great Resignation e reter talentos na sua empresa. Lembre-se, no entanto, que cada organização tem suas particularidades e deve buscar as soluções que melhor se adequem às suas necessidades e a seus colaboradores.
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