“Quiet quitting: o que significa esse termo?” — esse é um questionamento que muitos gestores têm feito nos últimos meses, desde que a expressão começou a viralizar nas redes sociais.
Para começar a compreender mais sobre isso, é importante que você saiba que as pessoas mudaram seus comportamentos e prioridades em uma organização, preferindo empresas que olham para a saúde e bem-estar de seus colaboradores.
Tendo isso em mente, prossiga com a leitura e descubra o que é quiet quitting e o que as lideranças têm a ver com isso. Vamos lá?
O que é quiet quitting?
Se formos traduzir a expressão de língua inglesa de forma literal, quiet quitting significa “demissão silenciosa”. Porém, o fenômeno do quiet quitting não significa necessariamente que colaboradores pediram desligamento das suas funções.
Pelo contrário, o profissional trabalhando, mas fazendo estritamente o necessário, conforme a descrição de seu trabalho. Ou seja, a pessoa colaboradora deixará de dar o melhor de si e ir além, superando as expectativas das lideranças.
Ela fará aquilo que é básico e ponto! Se for algo além disso, não se importará em ser demitida e buscar uma colocação em outra empresa.
Qual sua relação com a saúde mental?
O quiet quitting está diretamente relacionado com a saúde mental. Isso porque, após vivenciar a pandemia da Covid-19, as pessoas passaram a valorizar mais a vida e desacelerar. Muitos perceberam que estavam colocando carreira e trabalho em primeiro lugar, deixando de lado atividades de lazer e tempo de qualidade com a família, por exemplo.
As pessoas também perceberam que não adianta se estressar demais com o trabalho, vivenciar uma cultura tóxica e prejudicar a saúde mental apenas para manter um emprego. Assim, o movimento do quiet quitting se volta para a conciliação adequada entre vida pessoal e profissional de forma equilibrada. Dessa forma, a saúde mental será preservada.
Principais motivos que levam ao quiet quitting
Há vários motivos que fazem com que os colaboradores comecem a praticar o quiet quitting. Entre os principais deles, destacamos os seguintes:
- falta de feedbacks;
- excesso de trabalho;
- falta de transparência;
- clima organizacional ruim;
- problemas de saúde mental;
- acúmulo ou desvio de função;
- sentimento de desvalorização;
- excesso de pressão no trabalho;
- jornada de trabalho pouco flexível;
- atividades fora do horário de trabalho.
Vale lembrar que nem sempre o quiet quitting é planejado ou feito de forma proposital. Em muitos casos, as pessoas trabalhadoras começam a tomar esse tipo de atitude de forma natural, por conta do descontentamento no ambiente de trabalho.
9 Para liderança evitar o quiet quitting
Contar com pessoas colaboradoras que fazem apenas o básico não é vantajoso. Afinal, espera-se que elas se desenvolvam na organização e tenham vontade de crescer. Isso é necessário até mesmo para que novas lideranças sejam descobertas.
Por isso, listamos algumas dicas para evitar que o quiet quitting seja um problema na sua empresa. Acompanhe!
1. Identifique o que precisa ser mudado
O primeiro passo a ser dado é identificar o que precisa ser mudado na sua empresa. Análise, por exemplo, se a empresa não tem uma cultura organizacional tóxica. Assim, investigue se há:
- comunicação ineficaz;
- casos de assédio moral;
- exigências excessivas no trabalho.
Uma vez que tais fatores sejam identificados, deve-se trabalhar para que eles deixem de ocorrer.
2. Alinhe expectativas com o seu time frequentemente
Alinhar expectativas frequentemente com as pessoas colaboradoras é importante porque as circunstâncias e prioridades podem mudar ao longo do tempo. Dessa forma, manter uma comunicação aberta e alinhar expectativas de modo regular permite que as equipes se adaptem de forma rápida a mudanças e mantenham sua eficiência.
3. Estimule a comunicação e construção de boas relações
Estimular a comunicação e construção de boas relações é importante porque ajuda a criar um ambiente de trabalho saudável e positivo, onde as equipes são mais eficientes, motivadas e inovadoras.
Lembre-se que uma equipe com boas relações e comunicação aberta é mais propensa a experimentar novas ideias e inovar.
4. Ofereça benefícios que façam sentido
Ao criar um programa de benefícios para as pessoas colaboradoras da sua empresa, é necessário pesquisar por itens que façam sentido para elas.
De nada adianta colocar um videogame ou uma mesa de pingue-pongue na sala de descanso, caso o que os colaboradores precisam é de um bom convênio de saúde ou plano de carreira, por exemplo.
5. Invista nas pessoas colaboradoras
Investir nas pessoas colaboradoras é importante porque ajuda a criar uma força de trabalho motivada, capacitada e leal. Isso é fundamental para o sucesso e competitividade da empresa.
Oferecer cursos na empresa e fazer parcerias com instituições de ensino, por exemplo, são boas maneiras de garantir tal investimento.
6. Incentive o cuidado com a saúde mental e física
É importante que sua empresa incentive o cuidado com a saúde física e mental das pessoas colaboradoras. A empresa pode, por exemplo:
- oferecer atividades físicas nos intervalos do trabalho;
- fazer parcerias com psicólogos para que prestem atendimento sem custo ou com valor diferenciado;
- entre outras coisas.
7. Respeite e incentive os limites entre trabalho e vida pessoal
A empresa deve respeitar e incentivar os limites entre trabalho e vida pessoal dos colaboradores. Assim, as lideranças devem evitar enviar mensagens ou fazer ligações às pessoas em seus horários de folga, por exemplo.
8. Seja mais flexível com o horário de trabalho
Cada vez mais empresas estão deixando de se preocupar com a quantidade de horas trabalhadas e focando mais nas tarefas cumpridas. Nesse sentido, é possível ser mais flexível com as pessoas trabalhadoras, em relação ao horário de trabalho que elas cumprem.
9. Qualifique suas lideranças
Por último, mas não menos importante, destacamos a necessidade de qualificar as lideranças. Afinal, são elas que conseguem identificar e trabalhar todos os pontos anteriores, para evitar fenômenos como o quiet quitting.
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